Total de visualizações de página

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Árvore Mulher

À Joaquina Freitas, minha avó.

Essa mulher que se encanta,
do tempo segue o impulso.
Tal fumaça, vôo levanta.
Na terra, som de soluço!

Árvore pendida, majestosa,
de ramos firmes, viçosos.
Douradas sementes, preciosas,
frutos esplêndidos! Ditosos.

Foi o vermelho do angico, raiz-vida
Caule-ventre da baraúna! Firmeza,
seiva-sangue, solo fértil, decidida.
Da flora-lar o esteio, a beleza!

Murcham as folhas, somem os laços;
Amarram-se os nós na garganta!
repousa o carinho entre os braços
frios. Numa tristeza que espanta.

Luciene Freitas    
Escritora  e Educadora
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário